FAQ Antenas
Parabólicas
Atualizada
em 04/09/2008
SINAL DIGITAL SATELITAL - SAIBA UM POUCO MAIS !
Aqui,
você encontra as respostas para as dúvidas mais
freqüentes, além de muitas dicas para a boa
instalação e utilização de
sistemas de recepção satelitais.
FAQ
BandaKu
- Quais os
satélites que
transmitem em
Banda Ku sobre o Brasil?
- Podemos captar os sinais desses
satélites, em qualquer região do Brasil ou de
países limítrofes?
- Como se pode conhecer a potência
isotrópica efetiva irradiada por um satélite, a
que se referiu, na questão anterior?
- Como se especifica a potência
isotrópica efetiva irradiada - EIRP?
- Que equipamentos são
necessários para recepção de sinais
FTA, na Banda Ku?
- Podemos utilizar qualquer antena para receber
sinais de Banda Ku, como, por exemplo, as teladas?
- Podemos utilizar qualquer receptor para
sintonizar os sinais da Banda Ku?
- Qual o padrão digital utilizado em
Banda Ku, nas transmissões sobre o Brasil?
- Os sinais que chegam sobre o Brasil
são todos FTA, ou seja, livres para
recepção?
- Que sistemas de
codificação são utilizados nessas
transmissões?
- Como adquirir um receptor digital de
satélite no padrão DVB/MPEG?
- É possível adquirir
diretamente um receptor digital de satélite no
padrão DVB/MPEG, que tenha integrado decodificadores?
- A recepção de sinais em
Banda Ku só é possível com receptores
stand alone?
- O LNB é muito importante na
recepção de sinais da Banda Ku?
- Qual a diferença entre um LNB para
recepção de sinais analógicos e de
sinais digitais?
- O que se entende por
despolarização circular?
- Como funciona a
despolarização circular?
- Como receber sinais de
polarização circular e linear sem perdas?
- Por que temos de usar diferentes alimentadores
(feedhorns) para uma antena de alimentação axial
(ponto focal) e para uma antena de alimentação
fora de eixo (offset)? Não é suficiente que o
alimentador esteja colocado no ponto onde ocorre o foco?
FAQ
IMAGES - Antenas
-
QUAIS OS
DIÂMETROS E QUANTAS ANTENAS DEVO UTILIZAR ?
-
ONDE
ESTÃO LOCALIZADOS OS SATÉLITES ?
-
O QUE
É NORTE GEOGRÁFICO E NORTE MAGNÉTICO ?
-
QUAIS OS TIPOS
DE INTERFERÊNCIAS QUE PREJUDICAM A
RECEPÇÃO DE SINAIS SATELITAIS ?
-
QUAIS AS FAIXAS
DE FREQÜÊNCIA DAS BANDAS MAIS UTILIZADAS ?
-
QUAIS
SÃO OS TIPOS DE POLARIZAÇÕES
UTILIZADAS ?
-
DEVO UTILIZAR UM
ALIMENTADOR SIMPLES OU DUPLO ?
-
QUAIS
SÃO OS CRITÉRIOS MÍNIMOS PARA A
INSTALAÇÃO DE UMA ANTENA PROFISSIONAL ?
-
QUAIS AS
CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS E GANHO DOS REFLETORES
PARABÓLICOS ?
-
QUAL O ERRO
SUPERFICIAL ADMITIDO ?
-
QUAL A
EFICIÊNCIA TÍPICA DE UMA ANTENA FOCAL-POINT
PROFISSIONAL ?
-
QUAL A
RESISTÊNCIA NECESSÁRIA PARA CHUVA DE GRANIZO ?
-
QUAL O
TRATAMENTO DAS PARTES METÁLICAS ?
-
QUAL O
ACABAMENTO DO REFLETOR ?
-
QUAL O
TRATAMENTO PARA OS PARAFUSOS, PORCAS E ARRUELAS ?
-
DEVE-SE ATERRAR
A ANTENA ?
-
QUAL
É A RECOMENDAÇÃO DA MÃO DE
OBRA PARA A INSTALAÇÃO DA ANTENA ?
-
QUAL A
DIFERENÇA ENTRE O SINAL ANALÓGICO E DIGITAL ?
-
O QUE
É RELAÇÃO C/N ?
-
O QUE
É "HAYSTACK" ?
-
O QUE
É BER ?
-
QUAL A
DEFINIÇÃO DE MEDIÇÃO DA
TAXA DE ERRO POR BIT (BIT ERROR RATE) ?
-
O QUE
É FEC ?
-
QUAL
É A DEFINIÇÃO DE PRÉ-FEC ?
-
O QUE
É "CLIFF EFECT" OU EFEITO PRECIPÍCIO ?
-
QUAL
É A DEFINIÇÃO DE PÓS-FEC ?
-
QUAL
É A DEFINIÇÃO DE EB/NO ?
-
O QUE
É REED SOLOMON ?
-
QUAL
É A DEFINIÇÃO ES/NO ?
FAQ
Tech-Faq.com
1 -
QUAIS OS DIÂMETROS E QUANTAS ANTENAS DEVO UTILIZAR ?
Cabe ao usuário ou operador adotar
critérios mínimos para avaliar a correta
quantidade de antenas e acessórios. O primeiro passo,
baseia-se num "Line-up" dos sinais satelitais que se deseja receber.
Munido desta informação, será
possível saber quais os satélites, bandas e
polarizações que serão recebidos. Por
conseqüência, se obterá os respectivos
diâmetros de antenas e acessórios que
serão necessários para a boa
recepção dos sinais, capaz de manter uma boa
relação de C/N (Carrier/Noise - Sinal /
Ruído) ao sistema.
2 -ONDE
ESTÃO LOCALIZADOS OS SATÉLITES ?
Em geral, os sinais são
originários de satélites
geoestacionários. Estes satélites
estão em órbita na linha do Equador, cada um em
sua posição orbital, um ao lado do outro, a
aproximadamente 38.000 Km de altura. Como estamos no
hemisfério Sul, e a maior parte do Brasil está
abaixo da linha do Equador, a nossa linha de visada será
voltada para o norte.

3 - O
QUE É NORTE GEOGRÁFICO E NORTE
MAGNÉTICO ?
Quando referimo-nos ao NORTE, é
importante identificar se é o NORTE MAGNÉTICO,
que é o norte lido na bússola, ou o NORTE
GEOGRÁFICO, que é o NORTE REAL.
Por exemplo: Para a latitude e longitude de
São Paulo, respectivamente 23° 39 S ? 46° 40
W, o declínio magnético para o ano de 2006
é de 19° 30? .
Obs.: O declínio magnético
varia de acordo com o tempo. A partir do referencial NORTE de uma
bússola, a linha de visada deverá estar
totalmente livre de interferências físicas do
cinturão entre o perímetro Leste - Oeste.
4 -
QUAIS SÃO OS TIPOS DE INTERFERÊNCIAS QUE
PREJUDICAM A RECEPÇÃO DE SINAIS SATELITAIS ?
Além de não poder existir
interferências físicas, tais como:
árvores, prédios, torres, cabos de alta
tensão, que são facilmente observados,
também não poderão existir
interferências de origem radioelétrica, tais como:
links de microondas, radio-digital, links de Tv, dentre
outros.
Para esta análise, será
necessária a contratação de um
profissional capacitado a executar o levantamento de
interferências radioelétricas, munido de
instrumentos que possam varrer o espectro de
freqüência nas faixas de
recepção dos sinais satelitais desejados.
Dentre os satélites que
serão recepcionados, o operador deverá se
informar sobre a BANDA DE OPERAÇÃO, que
poderá ser C ou Ku e futuramente a "Ka".
5 -
QUAIS AS FAIXAS DE FREQÜÊNCIAS DAS BANDAS MAIS
UTILIZADAS ?
BANDA
|
FAIXA
DE FREQUENCIA
|
C
|
3,7 -
4,2 Ghz
|
Ku
|
10,95
- 12,75 Ghz
|
Observações:
- A Banda Ku é subdividida em várias faixas,
dependendo do satélite que é recepcionado.
- Na Banda C, cada vez mais é utilizada a “Banda
Estendida”, que corresponde de 3,4 a 3,7 Ghz e de 4,2 a 4,7
Ghz.
6 -
QUAIS SÃO OS TIPOS DE POLARIZAÇÕES
UTILIZADAS ?
POLARIZAÇÃO
|
TIPO
|
LINEAR
|
VERTICAL
e HORIZONTAL
|
CIRCULAR
|
CIRCULAR
À DIREITA e CIRCULAR À ESQUERDA
|

7 - DEVO
UTILIZAR UM ALIMENTADOR SIMPLES OU DUPLO ?
Os alimentadores poderão ser SIMPLES,
que são destinados para a recepção de
uma única polarização, linear
(vertical ou horizontal) ou circular (direita ou esquerda), ou
então DUPLOS, que são destinados para a
recepção das duas
polarizações lineares (vertical e horizontal
simultaneamente) ou circulares (esquerda e direita simultaneamente).
Além disso, existem alimentadores especiais capaz de
receberem as bandas C e Ku simultaneamente. É importante
ressaltar que os alimentadores devem estar sintonizados para
responderem na mesma faixa de freqüência dos sinais
recepcionados. Em se tratando de Banda Estendida, o alimentador
deverá garantir a recepção na faixa
solicitada.
O “CROSSPOINT” mínimo exigido para a
recepção de um alimentador é de 20 dB,
para as bandas C e Ku.
8 - QUAIS SÃO
OS CRITÉRIOS MÍNIMOS PARA A
INSTALAÇÃO DE UMA ANTENA PROFISSIONAL ?
Para a fixação das antenas
no local da instalação, é
aconselhável o auxílio de um engenheiro civil ou
profissional capacitado para tal
execução.
Será necessário seguir as
instruções construtivas das bases das antenas
parabólicas, de acordo com as
especificações de cada fabricante, obedecendo as
premissas mínimas de forças de
COMPRESSÃO e TRAÇÃO para cada ponto de
apoio.
Respeitando as forças indicadas,
recomenda-se que as antenas suportem as seguintes cargas de ventos
(mínimas):
VENTO
|
VELOCIDADE
|
OPERACIONAL
|
180 Km/hora
|
SOBREVIVÊNCIA
|
200 Km/hora
|
As antenas poderão ser fixadas ao
nível do solo (em alvenaria ou estruturas
metálicas), ou no topo de edificações,
desde que todos os aspectos de segurança quanto à
resistência ao vento sejam respeitadas.
9 - QUAIS AS
CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS E GANHO DOS REFLETORES
PARABÓLICOS ?
O refletor parabólico profissional
deverá ser de chapa de alumínio, aço
ou em fibra de vidro, sempre com a superfície fechada. O
ganho nominal do refletor deverá ser de acordo com a tabela
abaixo:
DIÂMETRO (m)
|
GANHO – BANDA C
|
GANHO BANDA Ku
|
1,80
|
35,57
dBi
|
44,42
dBi
|
2,00
|
36,48
dBi
|
45,34
dBi
|
2,30
|
37,70
dBi
|
46,55
dBi
|
2,50
|
38,42
dBi
|
47,28
dBi
|
2,80
|
39,40
dBi
|
48,26
dBi
|
3,10
|
40,29
dBi
|
49,15
dBi
|
3,40
|
41,09
dBi
|
49,95
dBi
|
3,70
|
41,83
dBi
|
50,68
dBi
|
4,00
|
42,50
dBi
|
51,36
dBi
|
4,30
|
43,13
dBi
|
51,99
dBi
|
4,50
|
43,53
dBi
|
52,38
dBi
|
5,00
|
44,44
dBi
|
53,30
dBi
|
6,00
|
46,02
dBi
|
54,88
dBi
|
Obs.: O diâmetro é em metros.
A freqüência atribuída para o
cálculo de ganho em Banda C é de 3,95 Ghz e para
a Banda Ku 10,95 Ghz.
10 - QUAL O ERRO
SUPERFICIAL ADMITIDO ?
O erro superficial do refletor deverá
atender a seguinte escala:
DIÂMETROS
|
ERRO
SUPERFICIAL MÁXIMO
|
Até 4,00 metros
|
0,5 a 1 mm RMS
|
De 4,10 até 5,50
metros
|
1 a 2 mm RMS
|
De 5,60 até 7,00
metros
|
1,5 a 3 mm RMS
|
11 -
QUAL A EFICIÊNCIA TÍPICA DE UMA ANTENA FOCAL-POINT
PROFISSIONAL ?
Deverá estar na faixa de 65% +/- 2,
tanto para refletores de chapa de alumínio ou aço.
12 - QUAL A
RESISTÊNCIA NECESSÁRIA PARA CHUVA DE GRANIZO ?
O refletor deverá suportar pedras com
até 100 gramas de peso.
13 - QUAL O TRATAMENTO
DAS PARTES METÁLICAS ?
As partes metálicas deverão
estar zincadas a fogo e, se possível, pintadas com pintura
de alta durabilidade, para uma proteção adicional
das ferragens, de acordo com as características de cada
fabricante.
14 - QUAL O ACABAMENTO
DO REFLETOR ?
O refletor parabólico necessariamente
deverá estar pintado com cores claras, para minimizar a
temperatura de ruído.
15 - QUAL O TRATAMENTO
PARA OS PARAFUSOS, PORCAS E ARRUELAS ?
Recomenda-se que os parafusos porcas e arruelas de
montagem do refletor parabólicos sejam de aço
inox. Os demais parafusos, porcas e arruelas, poderão ser
zincados a fogo.
16 - DEVE-SE ATERRAR A
ANTENA ?
Todas as antenas deverão estar
aterradas, garantindo uma resistência ôhmica
máxima de 4 ohms em relação ao terra,
de acordo com as normas da ABNT existentes.
17 - QUAL É A
RECOMENDAÇÃO DA MÃO DE OBRA PARA A
INSTALAÇÃO DA ANTENA ?
A instalação da antena
deverá ser feita pelo fabricante ou pelo seu representante
autorizado, para que as características de rendimento e
segurança sejam respeitadas. E lembre-se, consulte sempre o
seu fabricante de antenas parabólicas. Não tente
instalar uma antena sem o conhecimento técnico, pois
certamente os danos serão irreversíveis
18 - QUAL A
DIFERENÇA ENTRE O SINAL ANALÓGICO E DIGITAL ?
Sinais digitais são significativamente
diferentes dos sinais analógicos tradicionais. O diagrama
seguinte ilustra como um sinal digital é visto pelo
analisador de espectro, e mostra as duas mais importantes medidas
básicas: o nível de potência do sinal e
a portadora em relação ao ruído (C/N).
A medida do nível de sinal é útil,
quando se alinha uma antena e/ou ajusta-se um amplificador. Em geral,
um sinal mais forte é melhor, a menos que sature o
amplificador ou receptor.
19
- O QUE É RELAÇÃO C/N ?
A relação de C/N
provê uma medida da qualidade do sinal. Quanto maior
é a diferença entre C/N, menos erros
serão recebidos pelo receptor. Infelizmente, alguns tipos de
deteriorações de sinal que afetam o desempenho do
sistema digital, podem permanecer escondidos dentro do sinal, que
é denominado “haystack”.
Estas deteriorações não
aparecerão na relação de C/N;
porém, elas aparecerão na
medição da Taxa de Erro por Bit, denominada
“BER”
- (Bit Error Rate).

A medida clássica do BER é feita
transmitindo um bit padrão conhecido e comparando este, com
um bit padrão recebido, ou então, comparando-se o
bit transmitido com o bit recebido, numa medição
direta.
O segundo método de medida
não é possível de ser feito, ao menos
que haja a interação em todo o sistema, inclusive
no “uplink” do satélite.
No primeiro método, requer a
interrupção do serviço.
Além disso, os sistemas digitais de DBS utilizam um
mecanismo denominado “FEC”
(Forward Error Correction), que é um sistema de
“correção de erro
avançado”, o BER permanecerá muito bom
(estável) até o momento em que as
deteriorações ficarão tão
grandes, que o FEC estará impossibilitado de fazer as
correções.
Isto é conhecido como “Efeito Precipício”
ou “Efeito Precipício”.
Como o processo de
degradação do sinal, a imagem
permanecerá perfeita, até que a qualidade do
sinal alcance a zona do “Cliff
Efect” e o sistema falha, não sendo
possível receber nenhuma imagem. O diagrama abaixo ilustra
como os canais digitais mantêm a qualidade de imagem, de
acordo com o decréscimo do nível do sinal,
passando de perfeita, quase perfeita, boa e inaceitável,
quando se alcança a zona de precipício. Neste
ultimo ponto, o sinal degradará depressa e não
será possível obter nenhuma imagem.
Embora os canais analógicos mantenham
alguma imagem com níveis de sinais fracos, os
usuários de sistemas analógicos ficam
insatisfeitos com a qualidade de imagem, principalmente devido ao
efeito de chuviscos e falta de definição na tela
do televisor. Já no sistema digital, a imagem se
mantém boa até a zona de precipício. A
desvantagem é que, a partir do momento em que não
há nível suficiente, o sistema digital corta
imediatamente a imagem.
Nota:
Impairments = Redução
Nos medidores de campo digitais (Digital Signal Level Meter),
utiliza-se dados processados do FEC do equipamento, para o fornecimento
da medição da “Taxa de Erro por BIT
– BER”, sem a necessidade de
interrupção do serviço. Há
dois tipos de medição do BER: uma denominada
pré-FEC BER, e a outra pós-FEC BER.
O
pré-FEC BER é um teste
baseado no número de erros detectados no primeiro
estágio do processamento do FEC, o decodificador de Viterbi.
Este BER é medido rapidamente e fornece uma estimativa da
margem disponível da taxa de erro. Como mede os erros
encontrados no sinal recebido, “cru”, e
não do sinal corrigido, ele indica os danos causados por
interferências e ruídos, e mostra os efeitos das
deteriorações embutidos dentro do
“haystack” digital. Isso propiciará
avaliar quando ocorrerá o ingresso na zona de
precipício, que em suma é a perda do
sinal.
O
pós-FEC BER é medido
através da segunda fase do processamento do FEC, o
decodificador de Reed-Solomon, medindo os erros que
sobreviveram à primeira fase do processamento, e que
permaneceram até o sinal final entregue ao cliente. Uma fase
intermédia da taxa de erro também é
exibida como parte do Pós-FEC BER.
Um pós-FEC BER de 1E-6 (um elevado ao
exponencial -6 na base de 10) é considerado o
princípio para a degradação
visível [1]. Um “perfeito” sinal foi
definido como um que tem o BER de 1E-12 (um elevado ao exponencial -12
na base de 10) ou menos. Um BER de 1E-12 é menos que 1 bit
errado dentro de um universo de 1 trilhões bits.
Infelizmente, leva-se aproximadamente 9 horas para receber 1
trilhão de bits. Assim levaria 9 horas para testar um BER de
1E-12.
Para obter um nível
estatístico de confiança, necessita-se permitir
mais tempo de avaliação do sinal. Este
nível de avaliação, provavelmente
não é algo que um técnico
fará em campo, mas avaliando constantemente os valores de
pós-FEC BER apresentados por um medidor de campo digital, o
técnico terá condições de
avaliar a quantidade de correções e
não correções dos sinais que foram
feitas durante o tempo, criando assim uma referencia pratica que
dará a ele, a sensibilidade sobre a qualidade do sinal,
livre de erros, que o cliente receberá em seu receptor. [1]
THOMAS & EDGINGTON, DIGITAL BASICS FOR TELEVISION, PRENTICE
HALL, 1999.
EB/N0
- DEFINIÇÃO: EB/N0 = ENERGIA POR BIT /
RUÍDO POR HZ
Eb/N0 pode ser conceituada como a
relação de portadora-ruído por bit.
Pode ser utilizada para comparar o desempenho de diferentes sistemas de
modulação, sem ter que corrigir diferentes taxas
de bits.
A portadora para a relação Sinal-Ruído
(C/N) e Eb/N0 estão relacionadas pela seguinte
fórmula:
Eb/NO
= C/N + 10 Log (ruído da largura de banda) – 10
log (bit rate) =>onde
o bit rate está em bits por segundo e o ruído da
largura de banda está em
Hertz (20 Mhz) |
O bit rate se refere aos bits recebidos,
após os bits somados pelo FEC processado. Os sinais lidos
por medidores digitais, em geral, utiliza a
freqüência de 20 MHz de “symbol
rate” (taxa de símbolo), com 2 bits por
símbolo.
O processamento de FEC soma os bits para o
“Reed Solomon” e o “codificador de
Viterbi”. A relação de 130/147 de taxa
de Reed Solomon e 6/7 de Viterbi, resulta num fator de taxa global de
0.758.
Desta maneira bit rate
é:
Bit rate = 40 MBps
* 0.758 = 30.3 MBps
Eb/NO = C/N +
10log(24 MHz)-10log(30.3MHz)
Eb/N0 = C/N
– 1.01 |
Reed Solomon
O código de Reed-Salomon
é uma forma de FEC (Forward Correction Error)
e é utilizada no ADSL para trazer resiliência
adicional contra o ruído da linha [3] [4] [6] [8].
O código de Reed-Solomon
é um subtipo do código cíclico BCH (Bose-Chaudhuri-Hocquenghem)
que foi desenvolvido para executar correção de
erros múltiplos, é não
binário (mulsímbolo). Tome-se como exemplo um
símbolo b-bit, onde tem-se q=2b símbolos
possíveis (codewords –
palavras código). Atribuindo um valor para b=8 bits (da
literatura, um código comum), o que apresenta 256
símbolos possíveis.
Um código de Reed-Solomon
(n,k) é também um código de bloco,
onde em k símbolos de informação que
estão inseridos no codificador, n símbolos de
palavra-código aparecem na saída. Neste tipo de
código, os símbolos de palavra-código
estão limitados como sendo, em sua maioria, n<=q+1
símbolos de comprimento (apesar desta
relação de n<=q+1 ser normalmente usada
como premissa de projeto). (Obs: Códigos Reed
Solomon podem ser estendidos para n = q e n = q +1 em
comprimento médio) [5].
Por exemplo, se forem utilizados grupos de 6 bits
(64k), códigos de Reed Solomon podem
ser gerados. Um código Reed Solomon
(64,40) consistiria de palavras código de 64 X 6 = 384 bits,
cada uma contendo 240 bits de informação,
tratados como 40 símbolos de 6 bits.
No código (64,40) temos comprimento de
palavras-código de q=26=64 bit. A
fração de possíveis
palavras-código de 64 símbolos de comprimento
é utilizada como palavra-código se 64-24 = 2-144.
O que demonstra a grande capacidade de detecção e
correção de erro, neste caso particular, pode-se
corrigir erros de até 12 símbolos.
Primeiro as palavras-código
são formadas (code-words),
então são passadas por um interleaver
para uma proteção melhorada contra
ruído. A ação do interleaver
é ajustável pode ser programada para sem interleaving
e para 2, 4, 8 ou 16 code-words. Ainda, pode ser
ajustado independentemente para os canais de downstream
e upstream. Porém, quando a
resiliência (resiliency) é
incrementada, o preço é pago em
latência,
ES/N0
DEFINIÇÃO: ES/N0 = ENERGIA POR SÍMBOLO
/ RUÍDO POR HZ
A relação
Portadora-Ruído (C/N) pode ser convertida para Es/N0 com a
seguinte fórmula:
Es/NO = C/N +
10log(ruído da largura de banda) -10log(symbol Rate)
Neste caso, a taxa
de símbolo (symbol rate) é sempre 20 MHz assim:
Es/N0 = C/N +
10log(24)–10log(20)
Es/N0 = C/N + 0.79 |
|
PERGUNTAS
MAIS FREQUENTES
P1 - Quais
os satélites que transmitem em Banda Ku sobre o
Brasil?
Resposta:
Existem diversos satélites que têm como alvo de
suas transmissões o Brasil e/ou países
limítrofes do Cone Sul, e que, além de
transmitirem sinais da Banda C, transmitem, também, sinais
nas frequências da Banda Ku.
Clique aqui para conhecer lista dos mesmos, alguns deles já
informando dados para recepção de sinais.
P2 - Podemos
captar os sinais desses satélites, em qualquer
região do Brasil ou de países
limítrofes?
Resposta:
Não. A captação desses sinais, em
níveis capazes de poderem ser processados, vai depender da
potência isotrópica efetiva irradiada (EIRP)
presente em cada região onde estiver a
estação receptora e também vai
depender do tipo de equipamento que constitui essa
estação receptora (tamanho da antena, tipo de
receptor, qualidade do LNB e do alimentador, cabeamento, etc.).
P3 - Como se pode conhecer a
potência isotrópica
efetiva irradiada por um satélite, a que se referiu, na
questão anterior?
Resposta:
Ou com a utilização de instrumentos de
medição de campo sofisticados ou,
então, através dos Mapas de Cobertura, Mapas de
Contorno, ou simplesmente Footprint. A forma mais segura de se
conhecerem esses Mapas de Cobertura mais atuais é
através consulta ao site da empresa que opera o
satélite desejado. Nosso site, no entanto e assim que
autorizado, buscará publicar footprints de
satélites, ou inserirá links para os sites que
publicam esses footprints. No momento, acessando-se a página
SATÉLITES e clicando-se no feixe indicado para o
satélite, poder-se-á chegar ao footprint do mesmo.
P4 - Como se especifica a
potência isotrópica
efetiva irradiada - EIRP?
Resposta:
A potência isotrópica efetiva irradiada
é especificada em dBw. Para Banda Ku, EIRP acima de 40 dBw
já é satisfatória para se sintonizarem
canais de satélites que transmitem sinais digitais.
P5 - Que equipamentos são
necessários para
recepção de sinais FTA, na Banda Ku?
Resposta:
Para recepção de sinais digitais FTA de
satélites, transmitidos na Banda Ku, são
necessários, basicamente, uma antena (parabólica
simétrica ou off-set), com seu sistema off-set ou ponto
focal de captação de sinal(LNB+feedhorn ou
somente LNBF) e um receptor digital compativelmente especificado
(Digital Satellite Receiver, compatível com o
padrão DVB MPEG-x).
P6 - Podemos utilizar qualquer antena
para receber sinais de Banda Ku,
como, por exemplo, as teladas?
Resposta:
Não. A recepção na Banda Ku exige
antenas parabólicas, simétricas ou offset
fechadas, que podem ser de chapa de ferro, ou ser de
alumínio repuxado ou estampado, ou ainda ser de resina
reforçada com fibra de vidro ou de outro
plástico, desde que tenham barreira refletiva à
micro-onda. As antenas de tela, por serem vasadas, não se
prestam à recepção dos sinais da Banda
Ku, em razão do seu vazamento ser, geralmente, maior que o
1/10 do comprimento de onda das frequências da Banda Ku.
Além das antenas parabólicas, mais comerciais no
Brasil e no mundo, existem antenas planares, multi-celulares,
utilizadas, por exemplo, no Japão.
P7 - Podemos utilizar qualquer receptor
para sintonizar os sinais da
Banda Ku?
Resposta:
Não. O receptor vai depender do tipo de sinal que trafega no
canal do satélite que se quer receber. Se o sinal (o que
seria raro) for analógico e não codificado, um
simples receptor de sinal analógico, especificado para uso
em Banda C/Ku, pode ser utilizado. No entanto, se esse sinal
analógico for codificado, é necessário
um decodificador de sinal ou um receptor que tenha integrado um
decodificador apropriado. Como, no entanto, os sinais que
estão sobre o Brasil, transmitidos na Banda Ku,
são essencialmente digitais, será
necessário um receptor digital que processe o
padrão digital sendo utilizado pelo provedor para trafegar o
sinal de TV, de rádio, de dados, ou stream de internet. Esse
receptor digital tem de ser compatível com o
padrão digital utilizado na transmissão do
satélite.
P8 - Qual o padrão digital
utilizado em Banda Ku, nas
transmissões sobre o Brasil?
Resposta:
O padrão digital que tem sido adotado por quase 100% dos
provedores de sinais sobre o Brasil é o padrão
europeu DVB. nos formatos MPEG já desenvolvidos
até hoje. Poderão ocorrer, no entanto,
transmissões no padrão americano ATSC. Nessa
ocorrência, será um percentual muito pequeno, em
comparação com os sinais no padrão DVB.
P9 - Os sinais que chegam sobre o Brasil
são todos FTA, ou
seja, livres para recepção?
Resposta:
Não. Temos sinais FTA, livres para
recepção e que podem ser processados em um
receptor comercial digital DVB/MPEG, sem dispositivo de acesso
condicional. Porém, existem sinais transmitidos sobre o
Brasil, que são providos ao sistema DTH de TV por
assinatura, aos links de dados, aos streams de internet. Esses sinais
são codificados e só podem ser recebidos pelos
assinantes respectivos e com equipamentos decodificadores apropriados
ao sistema de encriptação usado e são
fornecidos aos assinantes, pelo provedores. Esse receptores possuem
sistema de bloqueio para acesso condicional e somente liberam o sinal
com a inserção de um cartão de
autenticação.
P10 - Que sistemas de
codificação são
utilizados nessas transmissões?
Resposta:
São diversos os sistemas de
codificação utilizados, como o Mediaguard, o
Porwervu, o Viaccess, o Irdeto, o Nagravision, entre outros. Cada
provedor que utiliza esses sistemas de
encriptação fornece aos seus usuários
ou assinantes de seus serviços em terra, um decodificador
(decoder) que decodifica o mesmo sistema de sinal transmitido.
P11 - Como adquirir um receptor digital
de satélite no
padrão DVB/MPEG?
Resposta:
Por serem mundialmente comercializados esses receptores para
recepção FTA, a sua
aquisição é fácil. Aqui no
Brasil, existem fornecedores locais desses receptores, geralmente de
origem importada. O preço varia conforme o número
de funções que o receptor possui. Existem
receptores que vão desde US$ 100.00, US$ 200.00, US$ 300.00
e até que custam milhares de dólares. Receptores
de uso comercial e receptores de uso profissional.
P12 - É possível
adquirir diretamente um receptor
digital de satélite no padrão DVB/MPEG, que tenha
integrado decodificadores?
Resposta:
Sim. Mundialmente são comercializados esses receptores, mas
com dispositivo para acesso condicional (CAS), para sinais que
requeiram autenticação para sua
decodificação. Na maioria das vezes, no entanto,
esses receptores são fornecidos, em comodato, pelos
próprios provedores desses serviços. Os
serviços de TV DTH, por exemplo, suprem esses receptores de
acesso condicional, juntamente com seu sistema de
autenticação próprio.
P13 - A recepção
de sinais em Banda Ku
só é possível com receptores stand
alone?
Resposta:
Não. Existem no mercado placas DVB-S, menos comum USB, mas
normalmente de barramento PCI, e que se acoplam ao slot PCI de um
computador que, através de software específico,
operam como receptor. Essas placas, além de processarem a
recepção de TV no padrão DVB, formatos
MPEG existentes hoje, também se aplicam no recebimento de
fluxos de internet, de uma ou duas vias, nos serviços que
são comercializados pelos provedores de internet de banda
larga, via satélite.
P14 - O LNB é muito
importante na
recepção de sinais da Banda Ku?
Resposta:
Sim. Como em qualquer banda de frequência utilizada por
satélite, o LNB é um item importante e que
necessita ser adequadamente escolhido, no momento de sua compra.
Existe, na Banda Ku, uma faixa de frequência chamada baixa e
outra chamada alta. Para cada uma dessas faixasas, o LNB opera com uma
frequência de Oscilador Local diferente, no processo de
conversão de abaixamento da frequência. O
conveniente, ao se comprar um LNB, é escolher um LNB
universal, que, assim, seja capaz de operar ao longo de toda a faixa de
frequência da Banda Ku (faixa de frequência do
enlace de descida) e que assuma a frequência de
oscilação requerida por cada canal sintonizado. O
LNB precisa ser da mais baixa temperatura de ruído que se
possa conseguir no mercado. Desejável que o LNB seja
especificado com uma figura de ruído em torno de 0.6 dB, no
máximo. Existem LNB's, no mercado, de figura de
ruído de 0.3 dB. Naturalmente que o seu custo é
mais elevado.
Como o LNB é para ser acoplado a um guia de onda e esse ao
iluminador, o conjunto deve possibilitar o ajuste de
polarização do sinal. Geralmente, os LNB's hoje
comercializados são LNBF, ou LNB com alojamento, guia de
onda e feedhorn todos integrados em uma única
peça. Nesse tipo de LNB (ou LNBF), a
comutação de polarização
é feita eletronicamente. Conforme ele receba do receptor uma
informação de polarização
ortogonalmente defasada, ele comuta entre uma sonda e outra,
ortogonalmente dispostas. O tipo de polarização,
se linear ou circular, é definida pela forna construtiva do
guia de ondas integrado ao LNBF, ou do guia de ondas stand alone, nos
LNB's que se acoplam por flanges padronizados da porta de RF.
P15 - Qual a diferença entre
um LNB para
recepção de sinais analógicos e de
sinais digitais?
Resposta:
A única diferença é o desempenho do
ruído de fase do oscilador local, dentro do LNB. Os LNB's
devem preencher os requisitos de ruído de fase
necessários para recepção de TV
digital. Se o LNB cobrir as faixas de frequência onde as
transmissões estão, então
você pode receber TV digital com esse LNB.
P16 - O que se entende por
despolarização
circular?
Resposta:
Trata-se do processo de transformar uma onda circular recebida do
satélite em linear, no alimentador/LNB.
P17 - Como funciona a
despolarização circular?
Resposta: [Cortezia da Swedish Microwave AB, publicada com
autorização]
Muitos satentusiastas ficam não raro confusos sobre esse
assunto. Ouve-se dizer que se pode utilizar uma placa
dielétrica ou uma peça de Teflon. Abaixo
vão, então, informações
importantes sobre esse tópico, ficando entendido que o uso
de uma placa dielétrica não é a
única forma de promover uma
despolarização circular.
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Aqui,
logo à esquerda, nós
vemos uma figura
animada, com um vetor girando.
Alguém pode estar imaginando:
que engenhoca é essa?
Nós vamos tentar explicar.
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O vetor girante, na cor preta, representa a onda de
polarização circular, girando a aproximadamente
12000000000 de voltas/segundo (12 GHz). Na banda Ku, bem entendido. O
que nós estamos tentando explicar é que
nós podemos adicionar duas ondas lineares, que
são ortogonais, que estão defasadas de 90 graus
(significando que, quando um vetor está no pico, o outro
está em zero, e vice-versa), e o resultado é uma
onda polarizada circularmente. Se olharmos somente para o vetor
vermelho, vamos observar que se trata de uma onda linear horizontal e,
se por outro lado, olharmos para o vetor azul, concordamos que se trata
de uma onda linear vertical.
O grande segredo de tudo isso é que, se essas ondas
estiverem fora de fase, a resultante delas será uma onda
circular. Isto significa que nós podemos considerar que uma
onda circular são duas ondas ortogonais, que
estão defasadas de 90 graus.
Se nós tivermos um LNB recebendo
polarização linear, nós podemos pegar
uma das duas ondas, significando que se pode pegar metade da
potência do sinal, com uma perda de 3 dB.
Para recebermos toda a potência do sinal, nós
temos que transformar a onda circular numa onda linear, com a
utilização de uma placa dielétrica
(por exemplo, uma placa de Teflon). Existem outras formas de se fazer
essa transformação, em cujo detalhe
não vamos entrar aqui agora.
Mas como, então, funciona isso?
Se você examinar de novo a figura, você vai
perceber que nós poderíamos fazer com que a onda
vermelha e a onda azul ficassem em fase, ao invés de fora de
fase e que nós teríamos uma onda linear a 45
graus a partir da onda vermelha e da onda azul. Então, como
podemos fazê-las estar em fase? A resposta é a
placa dielétrica.
Se nós colocarmos a placa ao longo da onda, ou da vermelha
ou da onda azul, esta onda ficará atrasada, enquanto
propagando-se através da placa, já que a
velocidade de propagação em um material
dielétrico é menor que a velocidade de
propagação no ar.
Então, podemos sumarizar o que segue abaixo:
1.Você ganhará 3dB que é a mesma coisa
que aumentar o diâmetro da antena de, por exemplo, 1.3m para
1.8m. Não é tão ruim, é?
2.Para se montar uma placa dielétrica em um LNB,
nós precisamos ter a placa de comprimento correto (para
atrasar o sinal exatamente a quantidade necessária para
fazer com que os sinais estejam em fase). Além disso, ela
deveria ter a espessura ligeiramente em forma de cunha, para evitar
reflexões do sinal. Então será
necessário tirar o tampão do LNB para ser
possível introduzir a placa dielétrica no guia de
onda.
3.Se o guia de ondas for suficientemente comprido, você
será uma pessoa de sorte. Coloque a placa de tal forma que
ela fique alinhada entre as duas sondas do LNB (se você
conseguir enxergá-las). Então, você
pode repor o tampão do LNB. Isto é muito
fácil, diria você. Lembre-se que, se agora
você quer receber sinal com polarização
linear, você tem de remover a placa dielétrica.
Caso contrário, você vai ter uma perda de 3 dB e
ter uma terrível baixa rejeição de
polarização cruzada. Bem, talvez fosse mais
fácil você colocar um LNB que fosse capaz de
satisfaoriamente receber sinais lineares e sinas circulares.
4.Será que existe tal LNB no mercado? Seguramente que sim.
Pode não existir no Brasil. Mas, por exemplo, a Swedish
Microwave o pode fornecer.
5.Pode-se colocar junto um alimentador, tipo Feedrotor, um
despolarizador e um LNB. Mas esse conjunto, certamente,
custará algumas centenas de reais, para não
dizer, dólares.
6.Provavelmente você poderá ter ficado mais
confuso do que antes. Mas mesmo que tenha ficado confuso, deu para
captar alguma coisa sobre despolarização com
placa dielétrica. E se você não quiser
dar-se ao luxo de fazer a própria experiência,
preparando o seu próprio despolarizador, você pode
comprar o sistema de um fabricante conceituado que o comercialize,
sistema que faça o que você precisa que seja
feito, para receber canais de sinais polarizados circularmente, quer
à direitas (RH), como à esquerda (LH).
P18 - Como receber sinais de
polarização circular
e linear sem perdas?
Resposta: [Cortezia da Swedish Microwave AB, publicada com
autorização]
As figuras abaixo mostram o que se vê quando olhando-se para
dentro do guia de ondas do LNB, a partir do alimentador (feedhorn).

A sonda do LNB acima está vertical quando recebendo
polarização
vertical. A placa
dielétrica perpendicular à sonda não
afeta o sinal.

A sonda do LNB acima está horizontal quando recebendo
polarização
horizontal. A placa
dielétrica paralela à sonda do LNB não
afeta o sinal.

A placa dielétrica acima está alinhada 45 graus
com a
sonda do LNB quando recebendo polarização
circular à esquerda (LH).

A placa dielétrica acima está alinhada a 45 graus
com a
sonda do LNB, mas de outra forma, quando recebendo
polarização
circular à direita (RH).
A única diferença, na
recepção de diferentes
polarizações, é como a sonda do LNB
está orientada, com relação
à placa dielétrica. Se você mantiver a
placa dielétrica estática e rotacionar o LNB,
você é capaz de receber todas as 4
polarizações.
Se você tiver familiariedade com um polarizador
mecânico, você sabe que ele funciona girando-se a
sonda dentro do guia de ondas, então você poderia
usar uma dessas. Um polarizador magnético faz o mesmo
serviço.
Assim, se você aplicar um polarizador magnético
(ferotor), em frente do LNB, você obterá o mesmo
efeito, como se girando a sonda.
Então, o que você precisa é um
alimentador, o despolarizador com uma placa dielétrica
horizontal ou vertical, um polarizador magnético ou
mecânico e um LNB.
P19 - Por que temos de usar diferentes
alimentadores (feedhorns) para
uma antena de alimentação axial (ponto focal) e
para uma antena de alimentação fora de eixo
(offset)? Não é suficiente que o alimentador
esteja colocado no ponto onde ocorre o foco?
Resposta: [Cortesia da Swedish Microwave AB, publicada com
autorização]
A melhor forma de entender isto é considerar o sistema como
um transmissor, ao invés de um receptor. Imagine que
você coloque uma lanterna no ponto focal, apontando para a
superfície da antena. Como você sabe, existem
lanternas com diferentes ângulos da luz projetada pelo seu
feixe luminoso. Agora, substitua a lanterna por um alimentador
(feedhorn). A situação será a mesma. O
ângulo do feixe de iluminação que vem
do alimentador determinará de que forma a
superfície da antena será iluminada. O
ângulo de iluminação do alimentador
deve casar-se com o ângulo necessário para
iluminar a superfície da antena, como na primeira figura.
Para alimentador focal (antenas ponto focal) esse ângulo
é normalmente 120°.

Se você usar um alimentador (feedhorn) com um
ângulo de iluminação de 90°, a
iluminação vai se comportar como na
próxima figura. O alimentador não é
capaz de iluminar as bordas da antena. Se você inverter a
situação e imaginar a
alimentação como de uma
recepção, ao invés de uma
transmissão, o alimentador não é capaz
de receber o sinal refletido que provém das bordas da
antena. Isto terá o efeito de como se a antena tivesse baixa
eficiência. Os ângulos de
iluminação nos sistemas de
alimentação não axial (offset) variam
normalmente entre 70 - 100°.

Para antenas não axiais (offset) da SMW consegue-se uma
correta iluminação com alimentadores de
ângulo de 90°.

Se você usar um alimentador focal (120°) em uma
antena offset, a luz transmitida está toda além
das bordas. Se você analisar a situação
como em um sistema transmissor, toda a potência gerada para
iluminar a antena é desperdiçada. De novo,
você terá a antena como se tivesse baixa
eficiência. Você terá amesma baixa
eficiência se você tivesse um sistema de
recepção com tal
iluminação. Isto pode ser difícil de
entender, mas acredite - é isso que ocorre. Mas isto
não é tudo o que ocorre. O sistema irá
também captar o ruído vindo das redondezas para o
iluminador.

Uma conclusão desta discussão é que o
desempenho de uma antena é afetado pela forma como casamos
antena e iluminador juntamente, com respeito à
iluminação. Os iluminadores para sistemas
consumidores, os de assinantes, por exemplo, são integrados
com o LNB, por razões de custo, o que significa que, na
maioria dos casos, existem deferentes fabricantes dos alimentadores e
das antenas. Uma antena para um sistema profissional é
fornecido com antena e iluminador casados para assegurar o desempenho
de especificação da antena. Não
é possível especificar o ganho ou a
eficiência de uma antena, sem especificar que alimentadar
(feedhorn) se deve utilizar com a mesma. Em muitos casos se
vê uma especificação de uma antena, sem
o alimentador, ou especificando que alimentador deva ser usado para
atingir especificado desempenho, que não pode ser atingido.
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Fontes :
Images Eletrônica www.images.com.br
Banda KU www.bandaku.com.br
BrasilSatDigital
www.brasilsatdigital.com.br
The Tech FAQ www.tech-faq.com/lang/pt
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