ANTENAS PARABÓLICAS

Atualizada em 04/09/2008

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES

Reprodução do excelente artigo do site BANDA KU

http://www.bandaku.com.br/faqs001.html

P01 - Quais os satélites que transmitem em Banda Ku sobre o Brasil?

Resposta:

Existem diversos satélites que têm como alvo de suas transmissões o Brasil e/ou países limítrofes do Cone Sul, e que, além de transmitirem sinais da Banda C, transmitem, também, sinais nas frequências da Banda Ku.

Clique aqui para conhecer lista dos mesmos, alguns deles já informando dados para recepção de sinais.

P02 - Podemos captar os sinais desses satélites, em qualquer região do Brasil ou de países limítrofes?

Resposta:

Não. A captação desses sinais, em níveis capazes de poderem ser processados, vai depender da potência isotrópica efetiva irradiada (EIRP) presente em cada região onde estiver a estação receptora e também vai depender do tipo de equipamento que constitui essa estação receptora (tamanho da antena, tipo de receptor, qualidade do LNB e do alimentador, cabeamento, etc.).

P03 - Como se pode conhecer a potência isotrópica efetiva irradiada por um satélite, a que se referiu, na questão anterior?

Resposta:

Ou com a utilização de instrumentos de medição de campo sofisticados ou, então, através dos Mapas de Cobertura, Mapas de Contorno, ou simplesmente Footprint. A forma mais segura de se conhecerem esses Mapas de Cobertura mais atuais é através consulta ao site da empresa que opera o satélite desejado. Nosso site, no entanto e assim que autorizado, buscará publicar footprints de satélites, ou inserirá links para os sites que publicam esses footprints. No momento, acessando-se a página SATÉLITES e clicando-se no feixe indicado para o satélite, poder-se-á chegar ao footprint do mesmo.

P04 - Como se especifica a potência isotrópica efetiva irradiada - EIRP?

Resposta:

A potência isotrópica efetiva irradiada é especificada em dBw. Para Banda Ku, EIRP acima de 40 dBw já é satisfatória para se sintonizarem canais de satélites que transmitem sinais digitais.

Que equipamentos são necessários para recepção de sinais FTA, na Banda Ku?

Resposta:

Para recepção de sinais digitais FTA de satélites, transmitidos na Banda Ku, são necessários, basicamente, uma antena (parabólica simétrica ou off-set), com seu sistema off-set ou ponto focal de captação de sinal(LNB+feedhorn ou somente LNBF) e um receptor digital compativelmente especificado (Digital Satellite Receiver, compatível com o padrão DVB MPEG-x).

P05 - Podemos utilizar qualquer antena para receber sinais de Banda Ku, como, por exemplo, as teladas?

Resposta:

Não. A recepção na Banda Ku exige antenas parabólicas, simétricas ou offset fechadas, que podem ser de chapa de ferro, ou ser de alumínio repuxado ou estampado, ou ainda ser de resina reforçada com fibra de vidro ou de outro plástico, desde que tenham barreira refletiva à micro-onda. As antenas de tela, por serem vazadas, não se prestam à recepção dos sinais da Banda Ku, em razão do seu vazamento ser, geralmente, maior que o 1/10 do comprimento de onda das frequências da Banda Ku. Além das antenas parabólicas, mais comerciais no Brasil e no mundo, existem antenas planares, multicelulares, utilizadas, por exemplo, no Japão.

P06 - Podemos utilizar qualquer receptor para sintonizar os sinais da Banda Ku?

Resposta:

Não. O receptor vai depender do tipo de sinal que trafega no canal do satélite que se quer receber. Se o sinal (o que seria raro) for analógico e não codificado, um simples receptor de sinal analógico, especificado para uso em Banda C/Ku, pode ser utilizado. No entanto, se esse sinal analógico for codificado, é necessário um decodificador de sinal ou um receptor que tenha integrado um decodificador apropriado. Como, no entanto, os sinais que estão sobre o Brasil, transmitidos na Banda Ku, são essencialmente digitais, será necessário um receptor digital que processe o padrão digital sendo utilizado pelo provedor para trafegar o sinal de TV, de rádio, de dados, ou stream de internet. Esse receptor digital tem de ser compatível com o padrão digital utilizado na transmissão do satélite.

P07 - Qual o padrão digital utilizado em Banda Ku, nas transmissões sobre o Brasil?

Resposta:

O padrão digital que tem sido adotado por quase 100% dos provedores de sinais sobre o Brasil é o padrão europeu DVB. nos formatos MPEG já desenvolvidos até hoje. Poderão ocorrer, no entanto, transmissões no padrão americano ATSC. Nessa ocorrência, será um percentual muito pequeno, em comparação com os sinais no padrão DVB.

P08 - Os sinais que chegam sobre o Brasil são todos FTA, ou seja, livres para recepção?

Resposta:

Não. Temos sinais FTA, livres para recepção e que podem ser processados em um receptor comercial digital DVB/MPEG, sem dispositivo de acesso condicional. Porém, existem sinais transmitidos sobre o Brasil, que são providos ao sistema DTH de TV por assinatura, aos links de dados, aos streams de internet. Esses sinais são codificados e só podem ser recebidos pelos assinantes respectivos e com equipamentos decodificadores apropriados ao sistema de encriptação usado e são fornecidos aos assinantes, pelo provedores. Esse receptores possuem sistema de bloqueio para acesso condicional e somente liberam o sinal com a inserção de um cartão de autenticação.

P09 - Que sistemas de codificação são utilizados nessas transmissões?

Resposta:

São diversos os sistemas de codificação utilizados, como o Mediaguard, o Porwervu, o Viaccess, o Irdeto, o Nagravision, entre outros. Cada provedor que utiliza esses sistemas de encriptação fornece aos seus usuários ou assinantes de seus serviços em terra, um decodificador (decoder) que decodifica o mesmo sistema de sinal transmitido.

P10 - Como adquirir um receptor digital de satélite no padrão DVB/MPEG?

Resposta:

Por serem mundialmente comercializados esses receptores para recepção FTA, a sua aquisição é fácil. Aqui no Brasil, existem fornecedores locais desses receptores, geralmente de origem importada. O preço varia conforme o número de funções que o receptor possui. Existem receptores que vão desde US$ 100.00, US$ 200.00, US$ 300.00 e até que custam milhares de dólares. Receptores de uso comercial e receptores de uso profissional.

P11 - É possível adquirir diretamente um receptor digital de satélite no padrão DVB/MPEG, que tenha integrado decodificadores?

Resposta:

Sim. Mundialmente são comercializados esses receptores, mas com dispositivo para acesso condicional (CAS), para sinais que requeiram autenticação para sua decodificação. Na maioria das vezes, no entanto, esses receptores são fornecidos, em comodato, pelos próprios provedores desses serviços. Os serviços de TV DTH, por exemplo, suprem esses receptores de acesso condicional, juntamente com seu sistema de autenticação próprio.

P12 - A recepção de sinais em Banda Ku só é possível com receptores stand alone?

Resposta:

Não. Existem no mercado placas DVB-S, menos comum USB, mas normalmente de barramento PCI, e que se acoplam ao slot PCI de um computador que, através de software específico, operam como receptor. Essas placas, além de processarem a recepção de TV no padrão DVB, formatos MPEG existentes hoje, também se aplicam no recebimento de fluxos de internet, de uma ou duas vias, nos serviços que são comercializados pelos provedores de internet de banda larga, via satélite.

P13 - O LNB é muito importante na recepção de sinais da Banda Ku?

Resposta:

Sim. Como em qualquer banda de frequência utilizada por satélite, o LNB é um item importante e que necessita ser adequadamente escolhido, no momento de sua compra. Existe, na Banda Ku, uma faixa de frequência chamada baixa e outra chamada alta. Para cada uma dessas faixas, o LNB opera com uma frequência de Oscilador Local diferente, no processo de conversão de abaixamento da frequência. O conveniente, ao se comprar um LNB, é escolher um LNB universal, que, assim, seja capaz de operar ao longo de toda a faixa de frequência da Banda Ku (faixa de frequência do enlace de descida) e que assuma a frequência de oscilação requerida por cada canal sintonizado. O LNB precisa ser da mais baixa temperatura de ruído que se possa conseguir no mercado. Desejável que o LNB seja especificado com uma figura de ruído em torno de 0.6 dB, no máximo. Existem LNB's, no mercado, de figura de ruído de 0.3 dB. Naturalmente que o seu custo é mais elevado.

Como o LNB é para ser acoplado a um guia de onda e esse ao iluminador, o conjunto deve possibilitar o ajuste de polarização do sinal. Geralmente, os LNB's hoje comercializados são LNBF, ou LNB com alojamento, guia de onda e feedhorn todos integrados em uma única peça. Nesse tipo de LNB (ou LNBF), a comutação de polarização é feita eletronicamente. Conforme ele receba do receptor uma informação de polarização ortogonalmente defasada, ele comuta entre uma sonda e outra, ortogonalmente dispostas. O tipo de polarização, se linear ou circular, é definida pela forma construtiva do guia de ondas integrado ao LNBF, ou do guia de ondas stand alone, nos LNB's que se acoplam por flanges padronizados da porta de RF.

P14 - Qual a diferença entre um LNB para recepção de sinais analógicos e de sinais digitais?

Resposta:

A única diferença é o desempenho do ruído de fase do oscilador local, dentro do LNB. Os LNB's devem preencher os requisitos de ruído de fase necessários para recepção de TV digital. Se o LNB cobrir as faixas de frequência onde as transmissões estão, então você pode receber TV digital com esse LNB.

P15 - O que se entende por despolarização circular?

Resposta:

Trata-se do processo de transformar uma onda circular recebida do satélite em linear, no alimentador/LNB.

P16 - Como funciona a despolarização circular?

Resposta: [Cortesia da Swedish Microwave AB, publicada com autorização]

Muitos satentusiastas ficam não raro confusos sobre esse assunto. Ouve-se dizer que se pode utilizar uma placa dielétrica ou uma peça de Teflon. Abaixo vão, então, informações importantes sobre esse tópico, ficando entendido que o uso de uma placa dielétrica não é a única forma de promover uma despolarização circular.


Aqui, logo à esquerda, nós vemos uma figura animada, com um vetor girando. Alguém pode estar imaginando: que engenhoca é essa? E nós vamos tentar explicar.

 

O vetor girante, na cor preta, representa a onda de polarização circular, girando a aproximadamente 12000000000 de voltas/segundo (12 GHz). Na banda Ku, bem entendido. O que nós estamos tentando explicar é que nós podemos adicionar duas ondas lineares, que são ortogonais, que estão defasadas de 90 graus (significando que, quando um vetor está no pico, o outro está em zero, e vice-versa), e o resultado é uma onda polarizada circularmente. Se olharmos somente para o vetor vermelho, vamos observar que se trata de uma onda linear horizontal e, se por outro lado, olharmos para o vetor azul, concordamos que se trata de uma onda linear vertical.

O grande segredo de tudo isso é que, se essas ondas estiverem fora de fase, a resultante delas será uma onda circular. Isto significa que nós podemos considerar que uma onda circular são duas ondas ortogonais, que estão defasadas de 90 graus.

Se nós tivermos um LNB recebendo polarização linear, nós podemos pegar uma das duas ondas, significando que se pode pegar metade da potência do sinal, com uma perda de 3 dB.

Para recebermos toda a potência do sinal, nós temos que transformar a onda circular numa onda linear, com a utilização de uma placa dielétrica (por exemplo, uma placa de Teflon). Existem outras formas de se fazer essa transformação, em cujo detalhe não vamos entrar aqui agora.

Mas como, então, funciona isso?

Se você examinar de novo a figura, você vai perceber que nós poderíamos fazer com que a onda vermelha e a onda azul ficassem em fase, ao invés de fora de fase e que nós teríamos uma onda linear a 45 graus a partir da onda vermelha e da onda azul. Então, como podemos fazê-las estar em fase? A resposta é a placa dielétrica.

Se nós colocarmos a placa ao longo da onda, ou da vermelha ou da onda azul, esta onda ficará atrasada, enquanto propagando-se através da placa, já que a velocidade de propagação em um material dielétrico é menor que a velocidade de propagação no ar.

Então, podemos sumarizar o que segue abaixo:

1.Você ganhará 3dB que é a mesma coisa que aumentar o diâmetro da antena de, por exemplo, 1.3m para 1.8m. Não é tão ruim, é?

2.Para se montar uma placa dielétrica em um LNB, nós precisamos ter a placa de comprimento correto (para atrasar o sinal exatamente a quantidade necessária para fazer com que os sinais estejam em fase). Além disso, ela deveria ter a espessura ligeiramente em forma de cunha, para evitar reflexões do sinal. Então será necessário tirar o tampão do LNB para ser possível introduzir a placa dielétrica no guia de onda.

3.Se o guia de ondas for suficientemente comprido, você será uma pessoa de sorte. Coloque a placa de tal forma que ela fique alinhada entre as duas sondas do LNB (se você conseguir enxergá-las). Então, você pode repor o tampão do LNB. Isto é muito fácil, diria você. Lembre-se que, se agora você quer receber sinal com polarização linear, você tem de remover a placa dielétrica. Caso contrário, você vai ter uma perda de 3 dB e ter uma terrível baixa rejeição de polarização cruzada. Bem, talvez fosse mais fácil você colocar um LNB que fosse capaz de satisfatoriamente receber sinais lineares e sinas circulares.

4.Será que existe tal LNB no mercado? Seguramente que sim. Pode não existir no Brasil. Mas, por exemplo, a Swedish Microwave o pode fornecer.

5.Pode-se colocar junto um alimentador, tipo Feedrotor, um despolarizador e um LNB. Mas esse conjunto, certamente, custará algumas centenas de reais, para não dizer, dólares.

6.Provavelmente você poderá ter ficado mais confuso do que antes. Mas mesmo que tenha ficado confuso, deu para captar alguma coisa sobre despolarização com placa dielétrica. E se você não quiser dar-se ao luxo de fazer a própria experiência, preparando o seu próprio despolarizador, você pode comprar o sistema de um fabricante conceituado que o comercialize, sistema que faça o que você precisa que seja feito, para receber canais de sinais polarizados circularmente, quer à direitas (RH), como à esquerda (LH).

P17 - Como receber sinais de polarização circular e linear sem perdas?

Resposta: [cortesia da Swedish Microwave AB, publicada com autorização]

As figuras abaixo mostram o que se vê quando olhando-se para dentro do guia de ondas do LNB, a partir do alimentador (feedhorn).


A sonda do LNB está vertical quando recebendo polarização vertical. A placa dielétrica perpendicular à sonda não afeta o sinal.

A sonda do LNB está horizontal quando recebendo polarização horizontal. A placa dielétrica paralela à sonda do LNB não afeta o sinal.

A placa dielétrica está alinhada 45 graus com a sonda do LNB quando recebendo polarização circular à esquerda (LH).

A placa dielétrica está alinha 45 graus com a sonda do LNB, mas de outra forma, quando recebendo polarização circular à direita (RH).

A única diferença, na recepção de diferentes polarizações, é como a sonda do LNB está orientada, com relação à placa dielétrica. Se você mantiver a placa dielétrica estática e rotacionar o LNB, você é capaz de receber todas as 4 polarizações.

Se você tiver familiaridade com um polarizador mecânico, você sabe que ele funciona girando-se a sonda dentro do guia de ondas, então você poderia usar uma dessas. Um polarizador magnético faz o mesmo serviço.

Assim, se você aplicar um polarizador magnético (ferotor), em frente do LNB, você obterá o mesmo efeito, como se girando a sonda.

Então, o que você precisa é um alimentador, o despolarizador com uma placa dielétrica horizontal ou vertical, um polarizador magnético ou mecânico e um LNB.