RIO - O sobrenome Belfort, do engenheiro Raimundo Teixeira Belfort Roxo, passou a ser grafado com a letra D, Belford, quando da homenagem que se prestou ao engenheiro, depois de seu falecimento, em 1896. Os registros sobre a mudança de denominação da antiga Fazenda do Brejo, no município de Nova Iguaçu, já traziam essa alteração.
O decreto-lei estadual nº 641, de 15 de dezembro de 1938, que criou o distrito, e o decreto-lei nº 1056, de 31 de dezembro de 1943, que desmembrou o futuro município de Duque de Caxias de Belford Roxo, confirmaram a mudança. Nos registros da prefeitura de Belford Roxo, governos federal e estadual, IBGE e Tribunal de Contas do Estado do Rio, consta Belford Roxo. Por que a mudança? Certamente pelo descaso e por um descuido comum nos registros históricos brasileiros.
De acordo com os historiadores Carlos Eduardo de Almeida Barata e Cunha Bueno, no "Dicionário das famílias brasileiras", José Rodrigues Roxo, pai do engenheiro, era descendente do francês Lancelot Belfort, conde e príncipe de Belfort, que se mudou de Paris para o Maranhão, ainda na primeira metade do século XVIII. Belford é um sobrenome francês de origem geográfica. É derivado de bela fortaleza. José Rodrigues Roxo casou-se, por volta de 1834, com Maria Rita Teixeira Vieira Belfort, bisneta de Lancelot Belfort, dando origem à família Belfort Roxo.
O engenheiro Raimundo Teixeira Belfort Roxo casou-se no Rio de Janeiro com Maria Fausta de Brito. Um neto, Augusto de Brito Belfort Roxo, nascido em 8 de outubro de 1878, também foi diplomado em engenharia, especializando-se em cálculos de concreto. Augusto de Brito Belfort Roxo escreveu um livro técnico: "Lições de resistência de materiais." Eloy Santos é jornalista